O Cozinha Solidária Sabores da Esperança não começou com estrutura, patrocínio ou grandes planos. Começou com um pedido — simples, sincero e cheio de marcas que a vida nas ruas deixa. Esse pedido veio de alguém muito especial para nós: José Arlindo de Menezes. José já viveu o que muitos preferem não enxergar. Conhece o vazio da fome, o frio que gruda nos ossos, o peso de não ter para onde voltar. Carrega lembranças que não são histórias distantes; são cicatrizes. E foi justamente dessa vivência que nasceu o primeiro impulso do nosso projeto.
Um dia, ele disse, com a voz serena de quem sabe o que está falando: “A gente podia fazer alguma coisa… nem que fosse só um prato quente pra quem tá lá fora.”
Esse pedido não caiu no vazio. Ele moveu a gente.
Juntamos o que tínhamos — e, sinceramente, não era muito. Não havia cozinha equipada, nem panelas suficientes, nem bancada adequada. Faltou utensílio, faltou espaço, foi tudo no improviso, mas não faltou vontade de ver acontecer e com ingredientes que nós mesmos compramos.
No dia 05 de novembro de 2025, fizemos nossa primeira ação. Simples, crua, artesanal, construída com as próprias mãos e, ainda assim, conseguimos entregar 50 refeições. Naquele dia, cada preparação carregava mais do que comida: carregava desejo de cuidar, de aquecer, de fazer diferença nem que fosse por algumas horas na vida de alguém.
Foi assim que o Cozinha Solidária Sabores da Esperança nasceu:
do coração de alguém que já sentiu a dor da rua e do esforço de um grupo que decidiu transformar improviso em solidariedade. E desde então seguimos — passo a passo, erro e acerto, aprendendo enquanto fazemos.
Se você chegou até aqui, considera este também um convite.
Venha somar.
Venha fazer parte.
Pode ser na cozinha, na divulgação, na logística, ou contribuindo de qualquer forma. No fim das contas, é assim que tudo cresce: quando uma mão alcança a outra e ninguém fica para trás.